O bom humor e o otimismo podem ter fundo genético
- Artigo publicado em: 21 outubro, 2009
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Estudos recentes realizados pela Dra Elaine Fox e publicados na revista Proceedings of the Royal Society, demonstram ligações do gene transportador de serotonina (5-HTTLPR) com a tendência de o indivíduo ser otimista ou pessimista perante as situações. O estudo foi feito com pessoas que apresentam o alelo LL deste gene, ou seja, as que seriam mais otimistas e bem humoradas. O resultado foi que essas pessoas apresentaram maior afeição a cenas positivas e maior repulsa a cenas negativas.
Para o gene transportador de serotonina, existem três alelos o LL (bem humorado e otimista), o LC (nem bem e nem mal humorado) e o CC (mal humorado e pessimista), esses padrões são hereditários. Lembrando que a serotonina é um neurotransmissor presente em nosso cérebro, e está ligado a diversas funções, dentre elas o humor.
Segundo a geneticista brasileira Mayana Zatz, a pesquisa da Dra Fox demonstraria uma tendência dos portadores do alelo LL a fixar-se em situações positivas e evitar situações negativas. Ainda segundo a profª Zatz, um estudo brasileiro foi publicado na revista Nature/Molecular Phychiatry. Neste estudo, em uma amostra de 197 brasileiros, foi levantado que 40% apresentam o alelo LL do otimisto e bom humor, e que apenas 16% apresentam o alelo CC do pessimismo. Em seu blog, a profª Zatz levanta a polêmica: seria esse um indício genético do nosso famoso bom humor? Ou será que só o sol, a praia e a música é que fazem de nós brasileiros bem humorados e otimistas?
Eu acrescentaria mais. Os alelos mencionados nos estudos podem apontar uma tendência, mas também temos que levar em consideração os outros fatores, como os psicológicos e socioculturais. Os fatores psicológicos incluem a história de vida do indivíduo, bem como os padrões e repertórios de comportamento aprendidos desde a infância. Já os fatores socioculturais incluem o meio onde o indivíduo vive, bem como o núcleo familiar.
O que aconteceria se uma pessoa que carregue o alelo LL vier a nascer em um lar desestruturado, com condições precárias, essa pessoa seria bem humorada e otimista? É um bom tema para uma pesquisa futura. Como eu disse anteriormente, para tudo, desde uma tendência de comportamento e até uma psicopatologia, há sempre causas biológicas, psíquicas, sociais e culturais.
Fico orgulhoso em ver que o nosso país está sendo valorizado nas publicações científicas mundiais. O estudo da geneticista Mayana Zatz, juntamente com outros pesquisadores, será agora comparado com estudos de outros países.
Em uma reportagem do Jornal Hoje (21/10/2009) foram apresentados dados sobre essa interação entre estudos. Nós brasileiros, segundo a genética, somos 2 vezes e meia mais otimistas do que os britânicos.
Link para o estudo da Dra Elaine Fox
Link para o estudo da geneticista Mayana Zatz
Tenham todos uma ótima semana e um excelente dia!
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Leonardo Fd Araujo CRP 08/10907
Psicólogo e Coach
Tel: 3093-6222
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Bigorrilho – Curitiba
Estudo indica possíveis ligações entre o consumo excessivo de doces e a prática de crimes
- Artigo publicado em: 1 outubro, 2009
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foto: Claudio Núñez
Cientistas britânicos realizaram uma pesquisa com 17,500 britânicos nascidos em 1970, por um período de quase 40 anos. Entre crianças que comeram chocolates e doces diariamente, 69% apresentaram condutas violentas por volta dos 34 anos de idade. Entre as crianças que não se envolveram em nenhum episódio violento, 42% comeram doces e chocolates diariamente.
A pesquisa foi publicada no The British Journal of Psychiatry. Os pesquisadores disseram que os resultados foram significativos, porém há a necessidade de aprofundar mais os estudos para evidenciar outros aspectos, refutar ou confirmar a ligação do consumo excessivo de doces e a violência. Segundo o PhD Simon C. Moore, o estudo não concluiu que os doces não fazem bem, mas apenas evidenciou uma tendência na tomada de decisão das crianças.
A pesquisa foi publicada no The British Journal of Psychiatry. Os pesquisadores disseram que os resultados foram significativos, porém há a necessidade de aprofundar mais os estudos para evidenciar outros aspectos, refutar ou confirmar a ligação do consumo excessivo de doces e a violência. Segundo o PhD Simon C. Moore, o estudo não concluiu que os doces não fazem bem, mas apenas evidenciou uma tendência na tomada de decisão das crianças.
Os pais que oferecem doces e chocolates às crianças para que elas se comportem, pelo visto, podem estar prejudicando os seus filhos. Isso pode levar as crianças à privação do aprendizado da satisfação, e futuramente pode levar a uma conduta violenta, evidencia Simon Moore.
Em estudos anteriores, os cientistas haviam descoberto que uma melhor alimentação e nutrição, levam a um comportamento também melhor.
Moore frisa que ainda não há conclusões suficientes para sugerir aos pais a restrição de doces e chocolates para crianças. As variáveis são muitas, e estudos complementares serão necessários.
link para a publicação: Confectionery consumption in childhood and adult violence
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