NOMOFOBIA – o medo de ficar incomunicável
- Artigo publicado em: 28 abril, 2014
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O termo Nomofobia é relativamente novo, refere-se ao medo de ficar sem contato pelo celular ou smartphone. A origem é do inglês: no-mobile (sem celular/smartphone), logo acrescentando sufixo fobia criou-se o termo que se relaciona ao medo de ficar incomunicável.
Atualmente, estão cada vez mais comuns queixas de pacientes relacionadas ao uso da internet e redes sociais. Na maioria das vezes a queixa vem acompanhada de sintomas de ansiedade, mas sem um motivo aparente, pelo menos não para a pessoa. Investigando um pouco mais a fundo, percebe-se que o uso que o indivíduo está dando ao smartphone, em especial às redes sociais, é algo descompensado e desmedido.
Algumas características comuns:
– Fica inquieto quando está em um local em que não pega sinal 3G ou que não há nenhuma rede wi-fi disponível.
– Fica perdido quando percebe que a bateria do aparelho está acabando e não há nenhuma possibilidade de recarregar.
– Quando sai de um compromisso logo pega o aparelho para atualizar algum fato ou conferir o que os outros estão postando e curtindo
– Em um evento familiar prefere ficar com o celular sempre à mão, e ao menor aviso já corre para ver o que foi atualizado.
– Em um encontro com amigos em um bar, por exemplo, passa mais tempo no celular do que curtindo verdadeiramente o momento.
Essas são apenas algumas das características encontradas. A grande questão é que a maioria das pessoas não vê esse conjunto de comportamentos como um problema, uma vez que muitos à sua volta fazem o mesmo.
O mais cruel disso tudo é que as famílias estão deixando de se comunicar olho no olho. Sempre vejo casais totalmente separados durante um almoço, cada um no conectado ao seu mundinho de poucas polegadas. Acabam dando mais atenção para quem está on-line do que para quem está à sua frente!
Há ainda os irresponsáveis que fazem o uso do celular enquanto dirigem, cometendo uma infração gravíssima e ainda por cima comprometendo a segurança de outras pessoas.
Nestes casos de uso exagerado, procuro sempre orientar a estipular momentos para usar o celular, caso contrário fica algo sem controle. O importante é criar momentos de qualidade em que o celular fique de lado. Viver mais momentos entre os amigos e a família. Guardar o aparelho quando andar na rua e voltar a perceber tudo à sua volta. Praticar exercícios físicos, andar de bicicleta, nadar, são atividades que movimentam o corpo e deixam suas mãos ocupadas!!

O importante é usar o bom senso, afinal de contas, nossos avós viveram muito bem sem internet. Por que é que nós não iríamos conseguir o mesmo por alguns momentos?
Leonardo Fd Araujo
Psicólogo em Curitiba CRP 08/10907
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Dificuldades para cumprir “promessas” de ano novo – Coluna do Leitor
- Artigo publicado em: 21 janeiro, 2014
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A nossa leitora R.M. nos enviou uma questão, vamos a ela:
Olá Leonardo,
Sempre tive dificuldades de cumprir as minhas promessas de ano novo. Algumas vezes até consegui começar, mas com o passar dos dias a empolgação vai passando e entrego os pontos. No ano passado tinha feito uma promessa de parar de fumar. Até consegui passar por janeiro e fevereiro longe do cigarro, mas no decorrer do ano fui pipocando e usando de vez em quando. Esta é uma das minhas promessas para 2014, conseguir largar o cigarro, já estou a 10 dias longe!! A outra promessa é terminar de uma vez a minha faculdade, precisei estica-la um pouco para poder trabalhar. Faltam apenas 3 matérias e a monografia. Estou preocupada em me decepcionar novamente! Isso é sinal de fraqueza? Tem alguma dica?
Obrigado!
——
Prezada leitora R.M.
Acredito que o termo “promessa” não seja o melhor para o que está desejando fazer. Como diziam os antigos: “- Prometer é uma coisa, cumprir é outra!”.
Nossas vidas são como uma empresa, precisamos administra-la para que “dê lucro”. Seguindo este ponto de vista, podemos estabelecer metas e tarefas no decorrer do ano para atingir determinados objetivos. Ter dificuldades nestes aspectos não são um sinal de fraqueza, mas sim uma falta de foco!
No seu caso, são duas as metas para o ano de 2014: parar de fumar e terminar a faculdade.
Parar de fumar é algo que precisa ser elaborado. Dentro deste objetivo você pode estabelecer várias tarefas para ajuda-la: praticar atividades físicas, melhorar a alimentação, tomar mais água, fazer um checkup médico. A grande questão é que não adianta executar essas tarefas por dois meses, é preciso manter o foco e ter bem estabelecida qual é a meta a ser cumprida. Aproveite esse embalo inicial de estar 10 dias longe do cigarro e estabeleça as próximas tarefas!
Para a sua segunda meta, terminar a faculdade, a estratégia é dividir o ano em trimestres com tarefas pré-determinadas! Por exemplo: no primeiro trimestre você vai concluir o anteprojeto da monografia com o tema, justificativa e parte da bibliografia. No começo do segundo trimestre você termina toda a pesquisa bibliográfica e passar tudo para a discussão do tema escolhido. No terceiro trimestre são as conclusões finais, reuniões com o orientador e os retoques. No último trimestre é o momento de ensaiar a apresentação e montar um bom powerpoint para valorizar o seu trabalho.
Criando um plano de metas e tarefas, a sua “empresa pessoal” dará lucro e não prejuízo. A única maneira que conheço de passar por dificuldades é colocar no papel e planejar bem os passos. Há quem diga que isso seria algo muito metódico, mas nós humanos precisamos de regras, essa é uma das características que nos faz humanos!
Obrigado por sua participação! Boa sorte e tenha um bom ano!!
——Quer participar da Coluna do Leitor? Envie sua questão para o e-mail: atendimento@psicologoemcuritiba.com.br ! Será um prazer em recebe-los!
Leonardo Fd Araujo
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Falecimento de celebridade e a identificação das pessoas com a morte – Coluna do Leitor
- Artigo publicado em: 3 dezembro, 2013
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O nosso leitor G.L. nos enviou uma questão, vamos lá:
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Leonardo tenho observado um fenômeno no facebook que sempre que morre alguém famoso, as pessoas que não tem nada a ver com o morto começam a falar sobre o fato, acabam de uma certa forma tentando se ligar ao problema, ou ao defunto, por exemplo, esse final de semana que morreu o ator dos velores e furiosos, pessoas mais variadas viraram fãs incondicionais do cara, qual o motivo disso? Não sei se fui bem claro, me parece algo como sentir necessidade de fazer parte de uma coisa grande.
Obrigado.
G.L.
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Olá G.L.
Acredito que possa haver uma identificação coletiva com a celebridade que faleceu. No caso em questão, o ator Paul Walker era um homem jovem e com filmes de sucesso.
Tanto a sua vida privada quanto a profissional acabam sendo idealizadas pelas pessoas.
Ao assistir Velozes e Furiosos há uma identificação com o cara que tenta ajudar a mocinha e ainda por cima tenta converter os bandidos para “fazer o bem”. Em suma, um personagem como esse não tem como não ser adorado pelos fãs.
Entendo a sua questão. Algumas pessoas falam como se sentissem a necessidade de fazer parte de algo maior do que elas, no caso a morte de alguém famoso. Em um momento como estes há quem lamente, quem diga que “já sabia que isso ia acontecer” ou ainda que não acredita no que está acontecendo.
Há ainda outro aspecto do importante no falecimento. Quando ele acontece, há uma tentativa de elaboração do luto. Para tanto, nada melhor do que falar sobre o ocorrido. Esse movimento acontece em qualquer esfera, na familiar ou na pública. Quem vivenciou mortes marcantes como a de Airton Senna lembra de que o Brasil falou no assunto por semanas, era difícil de acreditar que um herói nacional tinha sucumbido.
Outra morte recente comentada a exaustão foi a do Michael Jackson. Por ser um ícone da música e ter marcado mais de uma geração, a repercussão foi bastante grande. Lembro que os canais dedicados à música fizeram maratonas para homenagear o cantor, chegaram a tocar suas músicas por 24h seguidas. Tudo isso acaba se tornando uma tentativa de elaborar o luto pela perda e os fãs acabam vivenciando isso também.
Obrigado pela sua participação! Um grande abraço e até a próxima!
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“Saiba como fazer bons negócios durante a Black Friday” – Participação na reportagem do Paraná No Ar 27/11/2013
- Artigo publicado em: 27 novembro, 2013
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Tive o prazer de participar desta matéria do jornal Paraná no Ar da RicTV Record.
Tenham uma ótima tarde e boas compras no Black Friday da próxima sexta-feira!
Leonardo Fd Araujo CRP 08/10907
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Tel: 3093-6222
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Por que mentimos para o psicólogo?
- Artigo publicado em: 11 novembro, 2013
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Não foi a primeira vez, mas essa semana um paciente me fez essa pergunta.
A resposta não é simples e vem coberta de significado. Para cada um, mentir tem um peso e uma consequência. Há aqueles que mentem simplesmente como uma defesa, outros que mentem para “ficar por cima” na história. Precisamos, no entanto, ressaltar que há a mentira pura e simples e ainda a omissão.
Mentir para o psicólogo é algo bastante comum, estamos já acostumados a isso, vez por outra o paciente acaba se traindo na mentira. Quando temos a sorte de ligar um momento ao outro, a sessão fica bastante rica de significados e símbolos.
É preciso comentar sobre a valia dos mecanismos de defesa. Estes são, em primeira instância, uma postura defensiva do ego perante o desconhecido ou o pouco conhecido. Por exemplo: a pessoa ainda não se sente segura de contar ao psicólogo que era promíscuo sexualmente na juventude. Acaba contando outras coisas que nem sempre são a verdade. Essa é uma tentativa do ego de ocultar e obscurecer conteúdos que até hoje ainda não são bem resolvidos pela pessoa. O que nos faz pensar, e hoje? Onde há a promiscuidade para essa pessoa?
Há ainda a mentira ao desmarcar ou remarcar um atendimento. Quando isso acontece, provavelmente, algum ponto nevrálgico foi atingido na sessão anterior. É uma pena quando o paciente foge da psicoterapia neste momento, pois é justamente esse tipo de movimento que acaba enriquecendo o processo terapêutico.
Já tive situações de pacientes que me ligam uns dias antes da sessão para desmarcar, dizem que vão viajar e que me ligarão assim que possível para remarcar. Quanto a isso, não temos muito o que fazer. Quando a pessoa sente-se segura de voltar e é sincera, o processo se reinicia com força total e com a integração de diversos conteúdos. Isso é bastante comum de acontecer. Há um tempo, ao retornar de uma “alta temporária”, uma paciente foi sincera o bastante e colocou que eu havia a magoado muito na sessão anterior ao dizer determinada frase sobre os fracassos em sua carreira. Trabalhamos bastante em cima disso, pois era um “foco irritativo” dela, algo central de sua história. Esse é mais um exemplo em que a mentira foi positiva. Mentiu dizendo que iria viajar por 15 dias, acabou “se dando alta” e voltou 4 meses depois disposta a elucidar o que ficou obscurecido
Em cima de mentir para o psicólogo, há ainda muita fantasia embutida. Como se nós, de alguma maneira, fossemos reprovar atitudes e pensamentos de nossos pacientes. Muito pelo contrário! Costumo sempre dizer: “- Você pode ficar tranquilo em me contar suas coisas, já ouvi de tudo! Não estou aqui para te julgar e sim para te ajudar a pensar e refletir sobre sua vida. Se existe um lugar certo para você se abrir e desabafar, é aqui, sentado em minha frente.”
Tenham uma ótima semana!!
Leonardo Fd Araujo
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