Artigos marcados com a categoria: Psicologia
O Bullying
- Artigo publicado em: 12 maio, 2009
- Categorias:
Em Caminho das Índias, o personagem Indra (André Arteche), é um adolescente que tem entre 17 e 18 anos e é descendente de indianos. Indra sofre com o assédio e com a violência vinda de seus colegas de escola. Essa condição é denominada de bullying, do inglês, que consiste no conjunto de atos e ações violentas cometidos por crianças e adolescentes contra seus semelhantes. A pessoa que sofre esse tipo de violência geralmente tem alguma característica que a difere das demais. Pode ser pelo peso, altura, por usar óculos, por ter muitas espinhas, ou seja, por apresentar algo considerado diferente pelos outros. A violência quase sempre é cometida em grupo, dependendo é claro da faixa etária. No caso do personagem Indra a sua característica particular é sua nacionalidade e seus costumes. Isso é usado pelos intimidadores como foco da violência. Atos como violência física, intimidação, chantagem e assédio são praticados no bullying.
Outra forma muito comum, infelizmente, de bullying hoje em dia é o cyber bullying. Que nada mais é que o assédio e intimidação praticada pela internet. A sensação de anonimato por parte do agressor é um incentivo para essa prática. Os meios utilizados são principalmente as redes sociais, como o Orkut. O personagem Indra sofreu também com o cyber bullying, criaram uma página na internet contando mentiras sobre sua vida. Isso já gerou grandes problemas para o personagem.
A escola tem um papel fundamental no esclarecimento do bullying. Muitas vezes ele é praticado em ambiente escolar, sendo assim, todos devem participar das ações para solucionar essa questão. Não podemos também esquecer o papel insubstituível dos pais na educação. Deve caber a eles a instrução, colocação de limites, valores e a educação de seus filhos, não adianta empurrar essa responsabilidade para a escola. Como sabemos, o papel da escola é de educar e instruir para a vida, mas os pais que irão reforçar e incrementar esse repertório.
O bullying é um assunto que deve ser levado a sério por todos. Quem sofre com esse tipo de problema, geralmente sofre calado. As feridas abertas pelo bullying podem levar muito tempo para fechar. Muitos perdem a vontade de ir para a escola, e em casos mais graves, podem acabar desenvolvendo depressão. O importante é conversar com seus pais e seus professores (se estiver ocorrendo na escola) e dizer o que está acontecendo. Outra estratégia que muitos usam, é ignorar o agressor. Isso pode funcionar até certo ponto, ou quando a intimidação é apenas verbal. O problema é quando há violência física envolvida. Aí sim, a participação dos pais e da escola é mais importante ainda.
Em último caso ou em casos mais graves, a delegacia do adolescente (para o caso de menores) ou uma delegacia de polícia devem ser contatadas. Lá, o delegado ou o escrivão irão tomar as medidas cabíveis. Vale lembrar que casos de cyber bullying também podem ser denunciados às autoridades.
Agora, falando sobre o agressor, esse sim deve ser exemplarmente punido. A punição tem que vir em primeiro lugar dos pais, da escola (se ocorreu em ambiente escolar) e em último caso das autoridades. Se não há quem coloque limites no agressor, o Estado o fará. A prática do bullying causa uma falsa sensação de poder sobre o outro. E isso tem grande peso nas relações interpessoais e grupais. Para o grupo, o agressor deve ser respeitado pelo ato que cometeu. Isso não é regra, mas é bastante recorrente. O prestígio que causa intimidar ou violentar alguém, é algo um tanto quanto preocupante e para não dizer bizarro. Essas são as recompensas para o agressor, respeito e prestígio de um grupo e uma falsa sensação de poder.
Para quem sofre com o bullying, o importante é: Não sofra em silêncio!!
Até a próxima postagem!!
Fiquem à vontade para comentar!
Psicólogo e Coach
Tel: 3093-6222
Rua Padre Anchieta, nº 1923, sala 909
Bigorrilho – Curitiba
Movimento Antimanicomial
- Artigo publicado em: 5 maio, 2009
- Categorias:
o movimento antimanicomial, também conhecido como luta antimanicomial. Esta nomenclatura refere-se, a grosso modo, ao processo de reforma e transformação dos serviços psiquiátricos no Brasil. No próximo dia 18 de maio, é comemorado o dia nacional da luta antimanicomial.
As clínicas e hospitais psiquiátricos sempre foram carregados de vários estigmas, acredito que o pior deles é o de “depósito de loucos”. Para muitos, ser internado em um lugar como este seria o fim da linha. Não vou negar que há locais com metodologias arcaicas espalhados pelo Brasil, mas há também muitos espaços confiáveis com profissionais realmente engajados com a qualidade e com o zelo no tratamento dos pacientes.
Em 30 de outubro de 1999, Dra. Nise falece. Seu legado jamais será esquecido. Sua vida e obra influenciaram profundamente todo o sistema de saúde mental no Brasil e porque não dizer no mundo. Foi uma mulher que marcou o seu tempo, infelizmente pouco conhecida no Brasil, é sem dúvida uma das nossas personalidades mais ilustres do séc. XX. Em 2000, o antigo Centro Psiquiátrico Pedro II é municipalizado, e como homenagem passa a chamar-se Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira.
Psicólogo e Coach
Tel: 3093-6222
Rua Padre Anchieta, nº 1923, sala 909
Bigorrilho – Curitiba
A psicopatia
- Artigo publicado em: 27 abril, 2009
- Categorias:
Foi um dos primeiros filmes a retratar a psicopatia com clareza e riqueza de detalhes.
Infelizmente ainda não há cura para a psicopatia. Um dos maiores estudiosos do mundo sobre o tema, o psicólogo canadense Robert Hare, criador da escala de graduação da psicopatia, está prestes a lançar mais um modelo de tratamento, que terá como objetivo a redução de danos. Em entrevista à revista Veja, Robert Hare levanta alguns pontos interessantes sobre o tema.
No Brasil, posso citar a psiquiatra e escritora Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, que escreveu o livro Mentes Perigosas, como ela mesma diz, um verdadeiro guia de sobrevivência.
Tenham um bom dia!
O seu comentário é muito importante!!
Leia também a entrevista que concedi ao Jornal Comunicação On-Line da UFPR: Psicopata: mente cruel em rosto agradável.
Psicólogo e Coach
Tel: 3093-6222Rua Padre Anchieta, nº 1923, sala 909
Bigorrilho – Curitiba
A esquizofrenia em Caminho das Índias
- Artigo publicado em: 24 abril, 2009
- Categorias:
O ator Bruno Gagliasso interpreta o personagem Tarso Cadore, um rapaz de cerca de 20 anos que há pouco descobriu que tem esquizofrenia. Na novela, os pais de Tarso estão simplesmente negando o real estado do rapaz, e com isso, piorando ainda mais as coisas. Essa negação é por muitas vezes esperada. Sua mãe Melissa e seu pai Ramiro estão com vergonha do rapaz. Imaginam o que a sociedade iria pensar de os dois terem um filho com esquizofrenia. Toda grande mudança passa por um processo de aceitação, e que em um primeiro momento pode vir carregado de negação. Mudança essa que nada mais é que uma mobilização de toda a família.
O importante é encaminhar a pessoa para o tratamento o quanto antes, sempre buscando referências do local e dos profissionais escolhidos. Todo e qualquer tratamento de alguma doença mental deve ser multidisciplinar. O ideal é que o paciente seja assistido por um psiquiatra e por um psicólogo, cada um exercendo as atividades que condizem com a sua formação. Mas é importante ressaltar que cada instituição funciona de maneira independente, o atendimento pode variar de acordo com a formação do profissional e capacitação complementar (pós graduação, curso de formação e etc.).
O psiquiatra irá fazer o diagnóstico, a entrevista com o paciente e descobrirá se este tem ou não esquizofrenia. Feito isso, a critério do psiquiatra, inicia-se a medicação. Dependendo do estado do paciente, o profissional decidirá junto com a família qual é o melhor encaminhamento a ser feito. Se o tratamento vai ter ou não que ser iniciado com um internamento. Independente disso, o ideal é encaminhar o paciente para uma psicoterapia.
Já o psicólogo trabalhará semanalmente, ou dependendo do caso até diariamente, com o paciente. Sempre buscando trabalhar e fortalecer a psique do paciente. Em um quadro de esquizofrenia, o acompanhamento é essencial. Muitos pacientes sofrem com alucinações e estas geralmente são atormentadoras. O psicólogo neste momento age, muitas vezes, como um ego auxiliar. A psicoterapia, neste caso, pode ser feita dentro de uma instituição (para o caso de internamento) ou no consultório do psicólogo.
Vale ainda ressaltar que a participação da família no tratamento é essencial, inclusive para receber recomendações dos profissionais que estiverem tratando de seu ente querido.
Psicólogo e Coach
Tel: 3093-6222
Rua Padre Anchieta, nº 1923, sala 909
Bigorrilho – Curitiba
Caminho das Índias e os temas psicológicos
- Artigo publicado em: 23 abril, 2009
- Categorias:
Nos próximos posts abordaremos estes temas!
Psicólogo e Coach
Tel: 3093-6222
Rua Padre Anchieta, nº 1923, sala 909
Bigorrilho – Curitiba