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Relacionamento, ciúme e o Facebook – Coluna do Leitor

Para inaugurar a Coluna do Leitor, vou trazer hoje a participação do R., um rapaz de 25 anos que tem uma questão sobre relacionamento amoroso, ciúme e o Facebook: 
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Olá Leonardo,

Tenho 25 anos, sou universitário, namoro há 1 ano e meio e minha namorada é muito ciumenta. Mesmo ela sabendo que sou um cara de respeito e que não fico de olho na mulherada, ela está muito grudada em mim. Esse grude está começando a me sufocar. Onde está mais complicado é com a internet e o celular. Ela fica querendo saber cada passo que dou no Facebook ou cada mensagem que recebo de qualquer pessoa que seja pelo celular. Gostaria que você falasse um pouco sobre esse tipo de ciúme!

Obrigado,
R. 
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Prezado leitor R.,

Um dos temas mais recorrentes no meu consultório estão relacionados a “posse” do outro. Percebo que conviver com as diferenças é o sentido mais puro de liberdade. Deixar que o outro seja livre para ser o que realmente é. Mas, o que vejo na grande maioria dos casos, são pessoas tentando fazer com que o outro se encaixe em um ideal de parceiro que é impossível. É preciso ainda “separar os corpos”!! 
Em um relacionamento há duas pessoas com características diferentes (ideias, personalidade, caráter, círculo social, emprego) e nunca haverá como acontecer uma FUSÃO entre essas duas pessoas. Quem nunca viu casal usando Facebook junto, por exemplo? É uma tentativa primária de fundir duas pessoas. Mais cedo ou mais tarde isso vai cobrar um preço, pois a liberdade e a individualidade podem e devem ser respeitadas para que o casal seja feliz.

 

Quer a sua dúvida comentada aqui na Coluna do Leitor? 
Escreva para mim!! atendimento@psicologoemcuritiba.com.br ! 
Leonardo Fd Araujo
Psicólogo em Curitiba CRP 08/10907
Terapia | Terapia Online | Coaching | Palestras
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Bigorrilho, Curitiba – PR

O vício digital

  • Artigo publicado em: 24 outubro, 2012
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Em tempos de hipermodernidade, estamos cada vez mais interagindo com o mundo através de ambientes virtuais. Muitos pais, desde cedo, entregam seus filhos aos cuidados das babás eletrônicas modernas: TV, computador, smartphones, tablets e vídeo game. Com a rotina atribulada e com a violência crescente nos grandes centros, acaba tornando-se mais cômodo para todos que os filhos fiquem mais tempo em casa. 
 
Cuidado, pois você pode estar criando um ambiente favorável para que o seu filho torne-se dependente de internet e afins. Temos apenas que ter a noção de que todos nós precisamos de momentos de qualidade em família e em um círculo de amizades. Isso ajuda a nos motivar a continuar firme na caminhada.
 
Um adolescente que passa muitas horas por dia na frente de um computador pode estar deixando de vivenciar muitas coisas, mesmo que todo esse tempo seja em uma lan house com “amigos reais”. Se isso passar batido, quando esse mesmo adolescente tornar-se um adulto, apenas irá transferir o mesmo padrão.
 
É preciso estar atento ao isolamento social, esse é um dos maiores perigos de um possível vício em internet. Por mais que aparentemente estejamos 24h rodeados de pessoas no mundo virtual, essas relações passam a ser baseadas apenas em siglas (facebook, twitter, youtube, games).
 
Alguns sintomas podem servir de alerta para medir uma possível dependência em redes sociais, games e/ou internet:
 
Prefere ficar conectado a se relacionar com pessoas fora das redes;
 
Utiliza o smartphone/tablet enquanto faz suas refeições e com isso acaba ignorando e deixando de interagir com quem está na mesma mesa que você;
 
Utiliza enquanto está caminhando, deixando de observar as coisas a sua volta;
 
“Fala” com quem está a sua frente sem olhar nos olhos e continua teclando no celular;
 
Usa o aparelho na cama antes de dormir e acaba se esquecendo do seu parceiro(a);
 
Em casa, passa horas em frente ao computador, tablet ou smartphone e deixa de interagir com os outros entes da família;
 
Mesmo sem nenhum compromisso, checa os e-mails várias vezes por hora, bem como as redes sociais;
 
Esses sintomas também se relacionam a jogos on-line: dar preferência a jogar no computador/console do que jogar uma partida de basquete com a turma, por exemplo; 
 
mudança repentina ou gradual no comportamento: o adolescente aparenta estar mais impulsivo, grosseiro e violento com os pais;
 
isolamento: o jovem fica muitas horas por dia encerrado no quarto, e prefere ficar lá a desempenhar atividades com amigos ou familiares;
 
alteração no padrão de sono: o jovem passa a dormir muito tarde, dorme pouco. Isso acarreta problemas de concentração nos estudos, bem como na retenção de conteúdos, pois a memória de curto prazo fica comprometida;
 
queda no desempenho escolar: com as horas na frente do computador aumentando, e os livros de deixados de lado, as notas na escola começam a cair. Também por culpa da alteração do padrão de sono;
 
alteração repentina ou gradual do círculo de amizades: o jovem “perde” os amigos ou então faz outros apenas pela internet. As amizades passam a ser rasas e puramente digitais.

 

 

Assista no final da postagem o Profissão Repórter de 23/10/2012 que fala sobre os “Jovens Conectados”. É um documentário que todos deveriam assistir. Podemos ver claramente crianças e adolescentes que estão entregando suas vidas ao uso de uma interface tecnológica. Uns passam horas por dia em uma lan house, outros não largam o celular nem dentro de sala de aula. Isso não é saudável. Há relatos de casos de abandono escolar, pequenos furtos para sustentar as horas de lan house e ainda agressividade e ansiedade generalizada ao se deparar com a distância do computador. Uma mãe relata a vivência com o filho como a de uma mãe de um dependente químico.
 
É um alerta e tanto! Converse com seu filho. Não deixe que um meio tecnológico subtraia a subjetividade e a beleza de uma fase tão importante no desenvolvimento humano. Onde estão os jogos de tabuleiro que serviam de diversão para toda a família? Ou então aquela sessão de cinema com muita pipoca e guaraná? Temos muitas possibilidades de diversão, cabe a nós usar a nossa criatividade! Caso sinta que a situação fugiu de controle, procure ajuda, consulte um psicólogo!
 

Tenham uma ótima tarde!

 
Profissão Repórter de 23/10/2012  “Jovens Conectados”

Jovens Conectados – 23-10-2012 – Profissao Reporter from PsicologoemCuritiba on Vimeo.

 

Leonardo Fd Araujo
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Segurança na Internet: dicas de como proteger e orientar

  • Artigo publicado em: 9 outubro, 2012
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É importante sempre monitorar e aconselhar os filhos sobre a internet. Se o uso está exagerado, combine uma determinada quantidade de horas por dia para o uso.  Os pais devem ainda ficar atentos aos perfis em redes sociais. Procure fazer parte deste mundo digital, se você não sabe direito como utilizar o computador, faça um curso ou mesmo peça para o seu filho lhe ensinar. 

 
 
 
É sempre importante orientar com relação a:
 
salas de bate-papo, MSN, Skype e ICQ: o perigo pode estar em falsas amizades. Muitos pedófilos utilizam essas salas para conseguir fotos ou até marcar encontros com menores. Essas fotos podem ser manipuladas e distribuídas pela rede, fugindo completamente do controle. Há ainda o risco de que tal encontro seja marcado e que o menor seja levado a pensar se tratar de alguém de sua idade, mas na verdade é um adulto buscando sexo com crianças e adolescentes. 
 
Orkut, Twitter, Facebook,  Myspace e Google +: orientar o adolescente para ter cuidado com o que se diz e se faz nas redes sociais. A internet é uma extensão da “vida real”, atos reprováveis o são dentro ou fora dela. As redes sociais são uma ferramenta interessante para manter contato com pessoas de interesse semelhante, porém é um alvo fácil de todo o tipo de absurdos. Há diversos casos de perfis falsos, em que alguém se passa por outra pessoa, com fotos e tudo mais. Há também casos de cyberbullying que seria o bullying dentro da internet. Há ainda o perigo de se ter os dados roubados ou ainda usados contra o internauta. É importante para os menores que sejam bloqueadas toda e qualquer informação como telefone ou ainda a escola que estuda. Esse tipo de informação pode servir de instrumento para um pedófilo ou ainda para aplicar o golpe do falso sequestro. 
 
Fotologs: essa moda passou há pouco tempo. Mas o que preocupava era que adolescentes, principalmente meninas, exibiam-se em poses pra lá de sensuais. Uma vez publicadas, essas fotos podem ser usadas em sites de pornografia, perdendo-se completamente o controle.
 
Youtube: podemos dizer que é uma febre do momento fazer vídeos e colocar na rede. A grande maioria dos vídeos é completamente inocente, como mostrar o cachorro brincando para os amigos, ou então mostrar um jeito diferente de andar de bicicleta. O problema é quando são feitas cenas comprometedoras, até de cunho sexual, e os vídeos são publicados na rede. Assim como no caso das fotos, perde-se completamente o controle. Diversos casos foram relatados na mídia recentemente.
 
Jogos eletrônicos: a recomendação é verificar a faixa etária a que o jogo se destina. Se há uma determinação é porque o conteúdo do jogo pode apresentar cenas de violência, sangue, palavrões e tantas outras coisas. Se um jogo é recomendado para maiores de 16 anos, não deve ser jogado por um adolescente de 12 ou então por uma criança de 8 anos. 
 
 
 
Assista abaixo uma reportagem do Jornal Hoje (09/10/2012) tratando do tema Segurança na Internet:
 
 

Segundo Rodrigo Nejim, da SaferNet Brasil, a escola é a fonte prioritária dos pais no que diz respeito a esclarecimentos sobre o uso da internet. Em uma pesquisa constatou-se que metade dos professores acham que as medidas de proteção atuais são insuficientes. E ainda 55% acham que é preciso encarar esse assunto e ensinar sobre segurança na internet às crianças. 
 
A meu ver esse é um assunto que deve ser trabalhado em conjunto entre os pais e a escola. Essa parceria é fundamental para o sucesso do tema. Em sala de aula as crianças e adolescentes podem trabalhar com atividades relacionadas. Em casa os pais têm o papel de supervisionar e reforçar o que foi trabalhado em sala de aula.
 
Aqui no blog já tratei do tema em outras ocasiões clique aqui para abrir as postagens.
 
Tenham uma ótima tarde! 
Leonardo Fd Araujo
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Conheça o desfecho do caso do jovem norte-americano que se matou devido ao cyberbullying

  • Artigo publicado em: 4 julho, 2012
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Há quase dois anos, noticiamos aqui no blog o caso do universitário Tyler Clementi que se suicidou após ter imagens íntimas transmitidas via internet. O jovem era homossexual, sentiu-se constrangido com a atitude invasiva de seu colega de quarto que expôs seus encontros amorosos via internet. Finalmente essa história teve seu desfecho. O acusado, Dharun Ravi, foi condenado a 30 dias de prisão e 3 anos de condicional por invasão de privacidade. Apesar da pena ser considerada branda, a sentença está gerando uma grande discussão nos EUA.
 
Esse caso é emblemático, serve de alerta para o cuidado que devemos ter com a internet e as redes sociais. O problema não é o meio de comunicação, mas sim o mau uso que se dá a ele. A solução passa por todos nós, profissionais da área da saúde, pais, filhos e educadores. 
 
Reportagem foi ao ar no Jornal Fala Brasil da Record (30/06/12) 

Tenham uma ótima tarde! 
 
Confira artigos anteriores sobre o tema:
 
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Viver conectado e suas implicações

  • Artigo publicado em: 29 junho, 2012
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Cada dia é mais comum o uso de smartphones, tablets e notebooks. Estar conectado para muitos é uma necessidade profissional, para outros é um modo de vida.
 
Será que não estamos deixando de lado as diversas nuances que a vida tem para nos oferecer? Até quando é “normal” ficar tanto tempo plugado?
 
Questões como estas são cada vez mais recorrentes em meu consultório. Muitos pacientes chegam com a queixa de inadequação social, como se a “vida lá fora” estivesse pesada para ser vivida. Ao trazer essa queixa, sempre questiono sobre o uso de redes sociais e internet. Quase sempre o uso é frequente ou muito frequente. A quantidade de horas despendidas em frente ao computador ou a qualquer outro dispositivo é cada vez maior. As relações antes vivenciadas ao vivo, agora ficam adiadas pela aparente proximidade on-line.
 
Não sou contra o uso de nenhum artifício tecnológico, pois eles em si não são culpados de nada. Se há algo “fora do trilho” é por culpa única e exclusiva de nós, seres humanos. As pobres máquinas são inanimadas, são meras interfaces.
 
Com esse tipo de queixa, questiono o verdadeiro nível de conexão que temos com as outras pessoas através da internet. Vejo que em boa parte dos casos, as relações ficam a estagnadas a algo superficial.
 
Há quem acredite que passar horas no Facebook, por exemplo, é uma maneira de estar junto aos amigos. Me desculpe, mas não é. Nada pode substituir um abraço, um aperto de mão ou o natural som da voz humana. 
 
Costumo definir uma fronteira do “normal” e do patológico na relação do homem com a internet. O “normal” é passar pouco tempo conectado, o suficiente apenas para trocar algumas informações com seus contatos e preferir vivenciar o restante ao vivo, diretamente com as pessoas. Do outro lado da fronteira, está o patológico, é quando o usuário passa a preferir ficar conectado a “viver a vida real”. Dando preferência a trocar mensagens com seus contatos do que vivenciar algo ao vivo.
 
Você pode estar se perguntando, mas como vou saber se já passei para lado de lá da fronteira?
A resposta é simples: se o usuário utiliza as redes sociais e acaba estendendo as relações com seus contatos para a vida real ou ainda dando preferência para esse tipo de amizade, está aceitável e “normal”. Agora, se você prefere passar um final de semana em casa sentado em frente ao seu computador teclando o dia todo, é um sinal de alerta, você pode ter passado a fronteira. 
 
Alguns sintomas podem servir de alerta para medir sua dependência em redes sociais e internet:
 
– Prefere ficar conectado a se relacionar com pessoas fora das redes;
– Utiliza o smartphone enquanto faz suas refeições e com isso acaba ignorando e deixando de interagir com quem está na mesma mesa que você;
– Utiliza enquanto está caminhando, deixando de observar as coisas a sua volta;
– “Fala” com quem está a sua frente sem olhar nos olhos e continua teclando no celular;
– Usa o aparelho na cama antes de dormir e acaba se esquecendo do seu parceiro(a);
– Em casa, passa horas em frente ao computador, tablet ou smartphone e deixa de interagir com os outros entes da família;
– Mesmo sem nenhum compromisso profissional, checa os e-mails várias vezes por hora;
– Esses sintomas também se relacionam a jogos on-line: dar preferência a jogar no computador/console do que jogar uma partida de basquete com a turma, por exemplo; 
 
 
Você, caro leitor, pode ter percebido que sempre utilizo o termo “normal” entre aspas. Isso se deve a ser um termo absolutamente genérico, porém de fácil compreensão didática. Aqui neste texto, o “normal” pode também ser entendido como o saudável.
 
Procuro sempre tranquilizar meus pacientes neste tipo questão que está se tornando cada vez mais recorrente. O primeiro passo é reconhecer que está se sentindo viciado em redes sociais e internet. Em seguida deve-se começar a viver e interagir com o meio. Isso mesmo! Dar um aperto de mão, um bom dia, observar as crianças correndo no pátio, o barulho do ônibus passando na rua. Sim, há muita coisa acontecendo à sua volta. Perceba esse mundo, sinta-o, viva!
 
E claro, tentar sempre reduzir o uso de redes sociais e internet. Procurar substituir essa “falta” com leitura, filmes e relações interpessoais, passar mais tempo com quem realmente se importa com você. 
 
Este é um tema fascinante, se você tem alguma questão, não deixe de comentar!
 
Uma frase que vale para todos os excessos:
 
“A diferença entre o remédio e o veneno, é a dose”
 
Tenham um ótimo final de semana!
Leonardo Fd Araujo
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