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Rapaz se suicida após ter imagens íntimas publicadas na internet

  • Artigo publicado em: 1 outubro, 2010
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O jovem Tyler Clementi, de 18 anos, estudava e morava no campus de uma universidade em Nova Jersey – Eua. O dormitório era dividido com o colega de quarto Dharum Ravi. Certo dia, o jovem pediu a Ravi, um pouco de privacidade. Ele atendeu, mas deixou uma webcam ligada no quarto. As imagens gravadas mostravam Tyler beijando outro rapaz. As cenas foram parar na internet.
Inconformado, o jovem que teve a sua privacidade violada deixou uma mensagem na internet e se jogou de uma ponte. Segundo reportagem do Jornal Hoje (Tv Globo), o jovem Tyler era tímido e que provavelmente nunca havia falado com a sua família sobre sua opção sexual.
Esse caso retrata o lado mais sombrio do bullying, como se deu na internet, denominamos de cyberbullying. Os “colegas” do jovem que teve sua privacidade violada, na verdade cometeram um crime. Ninguém tem o direito de violar a privacidade de ninguém. O que você faz dentro de sua casa, é de inteiro interesse seu, de mais ninguém. Sem contar que no caso em questão o jovem havia pedido privacidade ao seu colega de quarto. Qualquer pessoa com o mínimo de senso crítico entenderia o recado. O pior de tudo é que não se trata de pessoas pouco esclarecidas, estamos falando de universitários
Cabe agora a justiça americana apurar os fatos e punir os culpados. Não podemos ver casos como esse passando em branco. Não é a primeira vez que um caso de cyberbullying termina com suicídio. Em uma pesquisa rápida pude apurar outros casos, vejam:
Mas e o suicídio?
É mais do que evidente que as pessoas que sofrem esse tipo de violência ficam fragilizadas. Se houver alguma psicopatologia latente ou em curso, como a depressão, o risco de suicídio é muito alto. Vários outros fatores somados ao cyberbullying também podem contribuir para um fim trágico: baixa autoestima, estreitamento do círculo social, baixo nível de diálogo com familiares, abuso de drogas.
Mas o que é cyberbullying?
Nada mais é que o bullying no meio cibernético. Com o avanço da internet, os casos físicos passaram em parte para o virtual. Há diversas modalidades de cyberbullying, aqui vão algumas delas:
intimidação e ameaças (usar o pseudo anonimato da rede para ameaçar e intimidar os outros)
calúnia e difamação (inventar mentiras sobre alguém e sair espalhando pela rede)
publicação indevida de fotos e vídeos (como o caso relatado nesse post, as imagens do rapaz foram parar na internet sem sua autorização)
montagens com fotos (as vezes na brincadeira pegam uma foto um pouco mais descontraída e fazem uma montagem em cima, deturpando alguma característica da pessoa ou inventando algo)
Estou sofrendo de cyberbullying, o que devo fazer?
Como vimos, há diversos tipos de violência ligadas ao cyberbullying. O mais importante de tudo é buscar ajuda! Não sofra em silêncio!! Antes de qualquer coisa, divida a sua angústia com seus pais ou com alguém próximo que seja confiável, eles serão o seu porto seguro! Feito isso, caso fique decidido buscar os seus direitos, procure um advogado e também uma delegacia especializada em crimes virtuais (clique aqui e consulte). Se não houver uma em seu estado pode ser uma delegacia convencional. 
Com essas três medidas, você se sentirá um pouco mais seguro e ciente de seus direitos, e saberá se cabe ou não entrar com uma ação judicial contra o autor do cyberbullying.
Em relação ao aspecto emocional, é interessante procurar um profissional para desabafar. Os pais são sem dúvida um porto seguro, mas com o calor dos acontecimentos podem não ser bons ouvintes. O profissional psicólogo é uma pessoa neutra, não fará julgamentos de valor e muito menos dizer se você está certo ou errado, ou colocar o que você deveria ter feito. É importante botar para fora o que fica entalado na garganta, o efeito prático desse desabafo começa a ser sentido logo nas primeiras sessões de psicoterapia.
Então meus leitores, é isso. Cuidado com o cyberbullying. Se você estiver sofrendo com isso, peça ajuda! Procure os seus direitos! Se não estiver conseguindo se recuperar emocionalmente, procure um psicólogo para desabafar!
E também ouçam no post anterior uma verdadeira aula sobre o Bullying na Band News FM, com a participação de diversos profissionais e testemunhos.
Tenham todos um ótimo final de semana!
Leonardo Fd Araujo CRP 08/10907
Psicólogo e Coach
Tel: 3093-6222

Rua Padre Anchieta, nº 1923, sala 909
Bigorrilho – Curitiba

Os perigos da internet: Como proteger os filhos?

  • Artigo publicado em: 9 agosto, 2010
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09/08/2010


A grande rede é uma ótima fonte de entretenimento e informação, mas como tudo na vida a moderação é fundamental. Com a internet não haveria de ser diferente. Acho interessante ressaltar o ponto levantado no estudo publicado na semana passada: a semelhança entre os sinais e sintomas do vício em internet com outros vícios. Isso deve servir de alerta aos pais.

Vou enumerar cinco dos sinais mais importantes e fáceis de detectar um possível vício em internet:

mudança repentina ou gradual no comportamento: o adolescente aparenta estar mais impulsivo e grosseiro com os pais;
isolamento: o jovem fica muitas horas por dia encerrado no quarto, e prefere ficar lá a desempenhar atividades com amigos ou familiares;
alteração no padrão de sono: o jovem passa a dormir muito tarde, dorme pouco. Isso acarreta problemas de concentração nos estudos, bem como na retenção de conteúdos, pois a memória de curto prazo fica comprometida;
queda no desempenho escolar: com as horas na frente do computador aumentando, e os livros de deixados de lado, as notas na escola começam a cair. Também por culpa da alteração do padrão de sono;
alteração repentina ou gradual do círculo de amizades: o jovem “perde” os amigos ou então faz outros apenas pela internet. As amizades passam a ser rasas e puramente digitais.



Dicas de como proteger e orientar

É importante sempre monitorar e aconselhar os filhos sobre a internet. Se o uso está exagerado, combine uma determinada quantidade de horas por dia para o uso. O mesmo vale para o videogame, que por sinal o vício é bem semelhante ao da internet.

Procure fazer parte deste mundo digital, se você não sabe direito como utilizar o computador, faça um curso ou mesmo peça para o seu filho lhe ensinar.


É sempre importante orientar com relação a:

salas de bate-papo, whatsapp, skype: o perigo pode estar em falsas amizades. Muitos pedófilos utilizam essas salas para conseguir fotos ou até marcar encontros com menores. Essas fotos podem ser manipuladas e distribuídas pela rede, fugindo completamente do controle.

Twitter, Facebook e Myspace: orientar o adolescente para ter cuidado com o que se diz e se faz nas redes sociais. A internet é uma extensão da “vida real”, atos reprováveis o são dentro ou fora dela. As redes sociais são uma ferramenta interessante para manter contato com pessoas de interesse semelhante, porém é um alvo fácil de todo o tipo de absurdos. Há diversos casos de perfis falsos, em que alguém se passa por outra pessoa, com fotos e tudo mais. Há também casos de cyberbullying que seria o bullying dentro da internet. Recentemente jogadores do Santos foram flagrados discutindo com torcedores via twitcam (usuários do Twitter tem acesso a webcam, e as imagens são distrubuídas entre eles).

Fotologs: essa moda passou há pouco tempo. Mas o que preocupava era que adolescentes, principalmente meninas, exibiam-se em poses pra lá de sensuais. Uma vez publicadas, essas fotos podem ser usadas em sites de pornografia, perdendo-se completamente o controle.

Youtube: podemos dizer que é uma febre do momento fazer vídeos e colocar na rede. A grande maioria dos vídeos é completamente inocente, como mostrar o cachorro brincando para os amigos, ou então mostrar um jeito diferente de andar de bicicleta. O problema é quando são feitas cenas comprometedoras, até de cunho sexual, e os vídeos são publicados na rede. Assim como no caso das fotos, perde-se completamente o controle. Diversos casos foram relatados na mídia recentemente.

Jogos eletrônicos: a recomendação é verificar a faixa etária a que o jogo se destina. Se há uma determinação é porque o conteúdo do jogo pode apresentar cenas de violência, sangue, palavrões e tantas outras coisas. Se um jogo é recomendado para maiores de 16 anos, não deve ser jogado por um adolescente de 12 ou então por uma criança de 8 anos. 
A atual classificação indicativa para jogos eletrônicos no Brasil é a seguinte: Livre, 10 anos, 12, 14, 16 e 18 anos. No site do Ministério da Justiça é possível consultar a classificação de jogos eletrônicos, filmes e programas de TV! Visite: http://portal.mj.gov.br/Classificacao/data/Pages/MJ6BC270E8PTBRNN.htm


Essas dicas são gerais, cada caso é particular. Se você tiver alguma dúvida, deixe um comentário ou me envie um e-mail!

Tenham todos uma ótima semana!
Leonardo Fd Araujo CRP 08/10907
Psicólogo e Coach
Tel: 3093-6222

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Adolescentes que abusam do uso da internet podem sofrer mais de depressão, diz pesquisa.

  • Artigo publicado em: 3 agosto, 2010
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 George B. Diebold/Corbis/Corbis (RF)/Latinstock
Parece que foi ontem, mas da distante década da 1990 para cá a internet está entrando cada vez mais na vida e no cotidiano das pessoas. Muitos não conseguem mais se ver sem estar na grande rede.
Um estudo chinês publicado ontem (02/08/10) revelou um dado preocupante: jovens viciados em internet podem estar mais propensos a desenvolver depressão. O estudo levantou que esses jovens têm o duas vezes e meia a mais de chances de desenvolver a patologia, em comparação com os outros que utilizam a internet de maneira moderada.
A pesquisa foi publicada no periódico Arquivos de Medicina Pediátrica e do Adolescente, contou com 1041 adolescentes de Guangzou, sudoeste da China. Os jovens foram convidados a responder um questionário para que fosse identificado se usavam ou não a internet de maneira patológica, e também foi investigado possíveis traços de ansiedade e depressão.
Para a grande maioria dos adolescentes, 940 ao todo, usavam a internet de maneira moderada. Já para 62 jovens (6,2%) a classificação foi de “moderadamente patológicos” e dois (0,2%) como “gravemente patológicos”.
O estado patológico dos adolescentes foi reavaliado após um período de nove meses, e veio a descoberta de que os jovens que não usavam a internet de maneira controlada tinham duas vezes e meia mais chances de desenvolver a depressão do que os que utilizavam a internet de maneira ponderada. Mesmo durante o período de estudos escolares, os jovens viciados em internet ainda tinham uma vez e meia mais chances de desenvolverem depressão do que os outros jovens.
Uma comprovação importante feita por esse estudo, é que o uso patológico da internet foi identificado com sinais e sintomas semelhantes a outros vícios. Os pesquisadores Lawrence Lam (Escola de Medicina de Sidney) e Zi Wen-Pen (do Ministério da Educação da China) alertam para que seja feito um monitoramento dos adolescentes quanto ao uso da internet, principalmente na fase escolar. Evitando assim duas patologias, o vício na internet e uma possível depressão.
Com informações da France Presse e Folha.com
Tenham todos um ótimo dia!
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