A esquizofrenia em Caminho das Índias

  • Artigo publicado em: 24 abril, 2009
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O ator Bruno Gagliasso interpreta o personagem Tarso Cadore, um rapaz de cerca de 20 anos que há pouco descobriu que tem esquizofrenia. Na novela, os pais de Tarso estão simplesmente negando o real estado do rapaz, e com isso, piorando ainda mais as coisas. Essa negação é por muitas vezes esperada. Sua mãe Melissa e seu pai Ramiro estão com vergonha do rapaz. Imaginam o que a sociedade iria pensar de os dois terem um filho com esquizofrenia. Toda grande mudança passa por um processo de aceitação, e que em um primeiro momento pode vir carregado de negação. Mudança essa que nada mais é que uma mobilização de toda a família.

O importante é encaminhar a pessoa para o tratamento o quanto antes, sempre buscando referências do local e dos profissionais escolhidos. Todo e qualquer tratamento de alguma doença mental deve ser multidisciplinar. O ideal é que o paciente seja assistido por um psiquiatra e por um psicólogo, cada um exercendo as atividades que condizem com a sua formação. Mas é importante ressaltar que cada instituição funciona de maneira independente, o atendimento pode variar de acordo com a formação do profissional e capacitação complementar (pós graduação, curso de formação e etc.).

O psiquiatra irá fazer o diagnóstico, a entrevista com o paciente e descobrirá se este tem ou não esquizofrenia. Feito isso, a critério do psiquiatra, inicia-se a medicação. Dependendo do estado do paciente, o profissional decidirá junto com a família qual é o melhor encaminhamento a ser feito. Se o tratamento vai ter ou não que ser iniciado com um internamento. Independente disso, o ideal é encaminhar o paciente para uma psicoterapia.

Já o psicólogo trabalhará semanalmente, ou dependendo do caso até diariamente, com o paciente. Sempre buscando trabalhar e fortalecer a psique do paciente. Em um quadro de esquizofrenia, o acompanhamento é essencial. Muitos pacientes sofrem com alucinações e estas geralmente são atormentadoras. O psicólogo neste momento age, muitas vezes, como um ego auxiliar. A psicoterapia, neste caso, pode ser feita dentro de uma instituição (para o caso de internamento) ou no consultório do psicólogo.

Vale ainda ressaltar que a participação da família no tratamento é essencial, inclusive para receber recomendações dos profissionais que estiverem tratando de seu ente querido.

Leonardo Fd Araujo CRP 08/10907
Psicólogo e Coach
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