Sexting e a sensualidade na internet: Quais podem ser as consequências?

  • Artigo publicado em: 30 julho, 2014
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A mais recente mania entre os jovens, muitos deles ainda menores, é o sexting também conhecido como “mandar nudes”. Nada mais é que exibir-se em poses sensuais em fotos na internet. Na grande maioria das vezes as fotos são exibidas em pequenos grupos ou até mesmo “apenas” para o parceiro amoroso. O que muitos se esquecem é que uma vez publicadas, perde-se o controle sobre o material e podem parar em sites de pornografia e pedofilia.
 


Essa semana está havendo em Curitiba uma grande movimentação policial a respeito do assunto (30/07/14). Perfis estavam distribuindo fotos íntimas de garotas sem a sua autorização, muitas delas menores de idade. Toda esta situação deixou pais e filhos preocupados.  

 
Em meu trabalho como psicólogo, volta e meia surge um caso relacionado a esse tipo de exposição na internet. É um problema que atinge adolescentes e adultos, principalmente do sexo feminino. Há casos em que a mulher é casada, tem uma relação estável e decide fazer um ensaio sensual com o marido. Tiram fotos e fazem vídeos de seus momentos de intimidade. Um dia a relação termina e o ex-marido “joga” o material na internet. Está feita a catástrofe, uma vez on-line é praticamente impossível a retirada total do material. 
 
O mesmo acontece com adolescentes. Estão falando com o namorado pelo Skype ou pelo Whatsapp e este pede para mostrar os seios ou o corpo todo nu, pedem para “mandar nudes“. Da mesma forma, este namorado pode juntar essas fotos e vídeos e colocar na internet quando a relação terminar.
 
Quando o cenário está montado, o que fica é um grande vazio e a sensação de que foi traída. É assim que muitas mulheres definem. Além de terem confiado demais em seus parceiros, há a quebra desta confiança: “Poxa, eu confiei em você, nós tiramos essas fotos enquanto estávamos juntos, o que você ganhou as colocando na internet? Tudo isso por eu não querer mais ficar com você? Está se vingando de mim?”.

 

Aos pais a lição que fica disto tudo é que a internet tem seus perigos, e que os filhos devem ser orientados sobre o que pode ou não ser feito. A web nada mais é que uma extensão do mundo real, aquilo que não fazemos na “vida real” também não deve ser feito na rede. Participe da vida digital de seu filho, supervisionar o que é feito na rede é um dever de todos os pais. Quando o seu filho começa a andar sozinho pela cidade, você não o orienta sobre os perigos? Na internet não pode ser diferente!
 


Quem está passando por isso, o mais importante é não sofrer em silêncio. Procure ajuda!! Aqui em Curitiba o delegado Dr. Demetrius Gonzaga faz um excelente trabalho no NUCIBER (Núcleo de combate aos cibercrimes). Na reportagem abaixo, faz alertas importantes. Há ainda a Ong Safernet que trabalha na prevenção e orientação sobre crimes e demais perigos relacionados à internet.

 
É comum que haja uma fase de recolhimento depois de ser exposto na internet. Porém, se isso perdurar por muito tempo, procure ajuda especializada! Coloque para fora o que está fazendo você sofrer!
 
Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje: converse com seus filhos sobre a internet antes que seja tarde! O problema não são os aplicativos ou as redes sociais, mas sim o mau uso que estão dando a esse tipo de ferramenta!

Abaixo a reportagem do Jornal Hoje de 30/07/2014 sobre o Sexting
 


Tenham todos uma ótima tarde!

Leonardo Fd Araujo
Psicólogo em Curitiba CRP 08/10907
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Bigorrilho, Curitiba – PR