Estudo brasileiro revela por que gostamos ou não do cheiro de uma pessoa
- Artigo publicado em: 10 dezembro, 2009
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Durante a pesquisa desenvolvida com voluntários, cada um usou um sache por uma semana, para que este ficasse impregnado com o cheiro daquela pessoa. No final, os voluntários foram convidados a sentir o cheiro do sache dos outros participantes. O resultado foi que pessoas com o MHC parecido, geralmente não se sentiriam confortáveis com o cheiro do outro. Por sua vez, pessoas com o MHC diferente sentiram-se confortáveis com o cheiro.
Segundo a pesquisadora Dra. Maria da Graça Bicalho da UFPR, a repulsa das pessoas com o MHC parecido, pode ter ligações com a questão da variedade genética. Pessoas com o MHC diferente, em suma, seriam mais diferentes geneticamente: “Essa seria uma garantia a priori de descendentes com maior diversidade genética e com melhores condições de sobrevivência”, explica a pesquisadora.
Sem dúvida nenhuma temos alguma afinidade biológica, algo que nos foi passado desde os primórdios da espécie humana. O que não podemos esquecer jamais, é que não importa termos o MHC diferente do nosso parceiro, se no restante do cotidiano do casal não há uma ligação especial. Tal ligação, pode ser chamada como aquela famosa química que muitos comentam.
O jogo da sedução, o carinho e o afeto, devem fazer parte de qualquer relacionamento, seja um recente ou um casamento de muitos anos. Sem isso, o casal acaba partindo para a tão temida rotina. E essa é uma barreira difícil de se quebrar com o tempo. A rotina leva ao comodismo, e depois disso à amizade. O casal acaba ficando “amigo”, ao invés de ser realmente um casal que se ama, que se curte e vive a vida intensamente.
E você? O que achou desta pesquisa??
Psicólogo e Coach
Tel: 3093-6222
Rua Padre Anchieta, nº 1923, sala 909
Bigorrilho – Curitiba
” As pulseiras da discórdia “
- Artigo publicado em: 4 dezembro, 2009
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Essa semana a polêmica foi lançada. Supostamente, crianças e adolescentes estariam participando de um jogo de origem inglesa chamado Snap. A prática consiste em usar pulseiras de borracha de cores variadas, mais conhecidas como pulseiras do sexo. Cada cor equivale a uma determinada ação no jogo. Acontece que essas ações têm um cunho sexual, podendo ser um risco para a juventude. Quem tiver a pulseira arrebentada por outra pessoa, terá que seguir o que a cor determina. Pode ir desde um beijo, até a prática sexual em si.
Na história recente temos diversos casos semelhantes de “organização sexual”. Nos anos 70 a comunidade gay de Nova York criou um código denominado hunk code, ou ainda bandana code. Consistia em usar no bolso de trás da calça lenços de cores variadas. Cada cor determinava uma ação sexual.
Nos anos 90 eram muito populares aqui no Brasil as festas da porca e do parafuso. Na entrada da festa, os rapazes ganhavam um parafuso e as moças uma porca. Em determinado momento da festa, começava a procura de quem estava com a peça correspondente. Quando o parafuso encaixava na porca, formava-se um casal. Se esses decidissem, ficariam juntos aquela noite.
Esses dois exemplos que citei, geralmente aconteciam entre pessoas maiores de idade, em bares e boates. O problema com o atual Snap ou pulseiras do sexo é que esse comportamento está se estendendo para a escola e para o cotidiano de crianças e adolescentes.
Muitos adolescentes contestam a versão de que o jogo Snap seja voltado para o sexo, e dizem que a pessoa só faz o que quiser. Ao mesmo tempo, outros adolescentes colocam que é sim um jogo sexual, que a prática de sexo é o ponto central.
Como era de se esperar, pais e professores ficaram espantados com esse comportamento. Imaginar que até crianças estão usando as tais pulseiras, deixaria qualquer pai e mãe aflitos. Alguns colégios aqui de Curitiba já proibiram sumariamente o uso das pulseiras dentro do ambiente escolar. Em outros, a posição é de que o uso das pulseiras pode acarretar em situações embaraçosas e de risco, e alertam os pais sobre isso. O risco estaria fora do ambiente escolar, pois outro grupo que poderia usar o jogo e levar a criança ou adolescente a uma situação de perigo. Dentro da escola não seria o problema, mas sim fora dela.
A meu ver, as escolas estão tomando medidas pontuais, sendo que a verdadeira atitude deveria ser tomada em casa. O debate está lançado, muitos filhos terão que dar explicações nos próximos dias. Assim como muitos colégios terão que pensar em quais medidas tomar.
Mas afinal, usar ou não usar as pulseiras?
Essa é uma pergunta muito difícil de ser respondida. Depende de diversos fatores: idade, sexo, nível de diálogo em casa, nível de diálogo na escola, círculo de amizades e outros fatores.
Aos pais que não estão sabendo o que fazer, eu recomendaria cautela. Primeiramente tenha uma boa conversa com o seu filho, isso pode ajudar bastante. Lembrando-se de tentar manter sempre o mesmo tom, sem se exaltar e nem partir para atitudes mais impulsivas. Procure ouvir o seu filho, tente descobrir como é que o grupo dele está usando as pulseiras. É claro que você pai, e você mãe estão preocupados com a situação. Com receio de que seu filho esteja praticando sexo a partir de um jogo de adolescentes.
Se no seu entendimento o seu filho deve parar de usar as pulseiras, faça isso. Porém, esteja ciente que a maneira pela qual for tratado o assunto, o seu filho pode se interessar ainda mais. Há aquele velho ditado “Tudo que é proibido é melhor”. Você mais do que ninguém conhece o seu filho, sabe como foi a criação e saberá por onde ir. Lembre-se apenas que a repressão cega e sem justificativas pode atiçar ainda mais a curiosidade.
Acredito que toda essa polêmica é reflexo do nosso estado atual de coisas. A geração de que hoje está com 10 a 18 anos, está sem referências. Estão completamente perdidos. Esse tipo de jogo é uma tentativa de reforçar a identidade grupal e individual. Outra questão bastante importante que essa polêmica me remete, é a da banalização do sexo.
No link abaixo, uma reportagem bastante interessante sobre o assunto!
Video: reportagem do ParanáTV 1ª Edição – 04/12/2009 – “O que dizem as escolas”
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Tenham todos uma ótima tarde e um excelente final de semana!
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A sexualidade na infância, o que fazer quando começam as perguntas sobre sexo?
- Artigo publicado em: 1 dezembro, 2009
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A sexualidade humana é algo natural, faz parte de qualquer cultura ou país, uns mais liberais e outros conservadores de mais.
O fato é que diariamente recebemos diversos estímulos que remetem ao tema sexo. Com as crianças não é diferente. A televisão e a internet estão fazendo cada vez mais parte do cotidiano das famílias, e nem sempre os conteúdos consumidos pelos pequenos é o mais saudável.
Muitos acham bonito ver crianças com minissaias rebolando e dançando músicas sensuais na TV. Particularmente acho isso algo de péssimo gosto, e me questiono o quanto da realização da mãe e do pai estão embutidos nesta ação. Ou seja, uma suposta realização pessoal através dos filhos. Isso é muito sério, pode trazer ansiedade para a criança, além dela se erotizar precocemente
Com toda essa erotização precoce, muitas crianças podem começar a apresentar comportamentos incompatíveis com a sua idade. Cabe então aos pais pontuar e ponderar quando tais comportamentos aparecerem. Não precisa ser algo tão repressor, mas sim algo educativo e elucidativo. Por exemplo, se um menino de 6 anos começa a manipular os genitais no meio da sala, não é gritando ou brigando com a criança que algo irá se resolver. O interessante seria conversar com a criança, e explicar que ali no meio da sala não é local para se manipular os genitais, que deveria fazer isso no quarto ou em outro local mais seguro e discreto.
Com essa reação mais construtiva, os pais desmistificam a sexualidade, desenvolvendo desde cedo uma relação saudável com os filhos sobre o tema. A masturbação, por exemplo, é algo perfeitamente normal e natural, o que pode preocupar é uma possível compulsão na masturbação. Quando a criança a pratica repetidas vezes e por longos períodos. Essa sim deve ser observada com cuidado, se a compulsão perdurar, procure auxílio de um médico pediatra ou de um psicólogo infantil.
Outra questão para se ficar alerta é quando a criança começa a falar muito exageradamente sobre sexo. É algo para se observar e investigar. Essa criança pode estar sendo molestada sexualmente, e isso é algo muito grave e que necessita de uma intervenção rápida. Todo cuidado é pouco.
Mas o que fazer quando começam a surgir aquelas perguntas:
– Mãe, como foi que eu nasci?
– Como é que o bebê foi vai parar dentro da barriga?
Naturalidade é a palavra chave em um momento como esses. Se você é do tipo mais ansioso em situações embaraçosas, respire fundo e converse com seu filho. Há diversos livros infantis sobre o tema, um dos mais conhecidos é “De onde vem os bebês” da editora José Olympo. Esse tipo de abordagem pode ser bastante interessante, o livro trás figuras e ilustrações que podem ajudar bastante na explicação.
Há ainda a questão de que se, por algum momento você não se sentir seguro com algo relacionado à pergunta da criança, o melhor é contornar e dar a resposta mais tarde com mais segurança. Nós adultos pensamos que os pequenos não prestam atenção, é um ledo engano. Eles percebem muito bem quando estamos tristes, preocupados, nervosos, ansiosos, com essa situação não seria diferente.
Há uma reportagem bastante interessante e pontual sobre esse tema. Foi ao ar no Jornal Hoje de 01/12/09. Nela o médico psiquiatra Dr. Francisco Batista Neto trás algumas questões interessantes. Como por exemplo, a de se evitar a erotização precoce dentro de casa. Vale à pena conferir!!
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