Artigos marcados com a categoria: Psicologia

Dificuldades para cumprir “promessas” de ano novo – Coluna do Leitor

  • Artigo publicado em: 21 janeiro, 2014
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A nossa leitora R.M. nos enviou uma questão, vamos a ela:
Olá Leonardo,
Sempre tive dificuldades de cumprir as minhas promessas de ano novo. Algumas vezes até consegui começar, mas com o passar dos dias a empolgação vai passando e entrego os pontos. No ano passado tinha feito uma promessa de parar de fumar. Até consegui passar por janeiro e fevereiro longe do cigarro, mas no decorrer do ano fui pipocando e usando de vez em quando. Esta é uma das minhas promessas para 2014, conseguir largar o cigarro, já estou a 10 dias longe!! A outra promessa é terminar de uma vez a minha faculdade, precisei estica-la um pouco para poder trabalhar. Faltam apenas 3 matérias e a monografia. Estou preocupada em me decepcionar novamente!  Isso é sinal de fraqueza? Tem alguma dica?
 
Obrigado!
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Prezada leitora R.M.
Acredito que o termo “promessa” não seja o melhor para o que está desejando fazer. Como diziam os antigos: “- Prometer é uma coisa, cumprir é outra!”.  
Nossas vidas são como uma empresa, precisamos administra-la para que “dê lucro”. Seguindo este ponto de vista, podemos estabelecer metas e tarefas no decorrer do ano para atingir determinados objetivos. Ter dificuldades nestes aspectos não são um sinal de fraqueza, mas sim uma falta de foco! 
No seu caso, são duas as metas para o ano de 2014: parar de fumar e terminar a faculdade.
 

 

Parar de fumar é algo que precisa ser elaborado. Dentro deste objetivo você pode estabelecer várias tarefas para ajuda-la:  praticar atividades físicas, melhorar a alimentação, tomar mais água, fazer um checkup médico. A grande questão é que não adianta executar essas tarefas por dois meses, é preciso manter o foco e ter bem estabelecida qual é a meta a ser cumprida. Aproveite esse embalo inicial de estar 10 dias longe do cigarro e estabeleça as próximas tarefas!
Para a sua segunda meta, terminar a faculdade, a estratégia é dividir o ano em trimestres com tarefas pré-determinadas! Por exemplo: no primeiro trimestre você vai concluir o anteprojeto da monografia com o tema, justificativa e parte da bibliografia. No começo do segundo trimestre você termina toda a pesquisa bibliográfica e passar tudo para a discussão do tema escolhido. No terceiro trimestre são as conclusões finais, reuniões com o orientador e os retoques. No último trimestre é o momento de ensaiar a apresentação e montar um bom powerpoint para valorizar o seu trabalho.
Criando um plano de metas e tarefas, a sua “empresa pessoal” dará lucro e não prejuízo. A única maneira que conheço de passar por dificuldades é colocar no papel e planejar bem os passos. Há quem diga que isso seria algo muito metódico, mas nós humanos precisamos de regras, essa é uma das características que nos faz humanos!
 

Obrigado por sua participação! Boa sorte e tenha um bom ano!!

——Quer participar da Coluna do Leitor? Envie sua questão para o e-mail: atendimento@psicologoemcuritiba.com.br ! Será um prazer em recebe-los!

Leonardo Fd Araujo
Psicólogo em Curitiba CRP 08/10907
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Falecimento de celebridade e a identificação das pessoas com a morte – Coluna do Leitor

  • Artigo publicado em: 3 dezembro, 2013
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O nosso leitor G.L. nos enviou uma questão, vamos lá:
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Leonardo tenho observado um fenômeno no facebook que sempre que morre alguém famoso, as pessoas que não tem nada a ver com o morto começam a falar sobre o fato, acabam de uma certa forma tentando se ligar ao problema, ou ao defunto, por exemplo, esse final de semana que morreu o ator dos velores e furiosos, pessoas mais variadas viraram fãs incondicionais do cara, qual o motivo disso? Não sei se fui bem claro, me parece algo como sentir necessidade de fazer parte de uma coisa grande. 
Obrigado.
G.L.
 
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Olá G.L.
Acredito que possa haver uma identificação coletiva com a celebridade que faleceu. No caso em questão, o ator Paul Walker era um homem jovem e com filmes de sucesso.
Tanto a sua vida privada quanto a profissional acabam sendo idealizadas pelas pessoas. 
Ao assistir Velozes e Furiosos há uma identificação com o cara que tenta ajudar a mocinha e ainda por cima tenta converter os bandidos para “fazer o bem”. Em suma, um personagem como esse não tem como não ser adorado pelos fãs. 
Entendo a sua questão. Algumas pessoas falam como se sentissem a necessidade de fazer parte de algo maior do que elas, no caso a morte de alguém famoso. Em um momento como estes há quem lamente, quem diga que “já sabia que isso ia acontecer” ou ainda que não acredita no que está acontecendo. 
Há ainda outro aspecto do importante no falecimento. Quando ele acontece, há uma tentativa de elaboração do luto. Para tanto, nada melhor do que falar sobre o ocorrido. Esse movimento acontece em qualquer esfera, na familiar ou na pública. Quem vivenciou mortes marcantes como a de Airton Senna lembra de que o Brasil falou no assunto por semanas, era difícil de acreditar que um herói nacional tinha sucumbido.
Outra morte recente comentada a exaustão foi a do Michael Jackson. Por ser um ícone da música e ter marcado mais de uma geração, a repercussão foi bastante grande. Lembro que os canais dedicados à música fizeram maratonas para homenagear o cantor, chegaram a tocar suas músicas por 24h seguidas. Tudo isso acaba se tornando uma tentativa de elaborar o luto pela perda e os fãs acabam vivenciando isso também. 
Obrigado pela sua participação! Um grande abraço e até a próxima!
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Leonardo Fd Araujo
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Por que mentimos para o psicólogo?

  • Artigo publicado em: 11 novembro, 2013
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Não foi a primeira vez, mas essa semana um paciente me fez essa pergunta.

A resposta não é simples e vem coberta de significado. Para cada um, mentir tem um peso e uma consequência. Há aqueles que mentem simplesmente como uma defesa, outros que mentem para “ficar por cima” na história. Precisamos, no entanto, ressaltar que há a mentira pura e simples e ainda a omissão.

 

Mentir para o psicólogo é algo bastante comum, estamos já acostumados a isso, vez por outra o paciente acaba se traindo na mentira. Quando temos a sorte de ligar um momento ao outro, a sessão fica bastante rica de significados e símbolos.

 

É preciso comentar sobre a valia dos mecanismos de defesa. Estes são, em primeira instância, uma postura defensiva do ego perante o desconhecido ou o pouco conhecido. Por exemplo: a pessoa ainda não se sente segura de contar ao psicólogo que era promíscuo sexualmente na juventude. Acaba contando outras coisas que nem sempre são a verdade. Essa é uma tentativa do ego de ocultar e obscurecer conteúdos que até hoje ainda não são bem resolvidos pela pessoa. O que nos faz pensar, e hoje? Onde há a promiscuidade para essa pessoa?

 

Há ainda a mentira ao desmarcar ou remarcar um atendimento. Quando isso acontece, provavelmente, algum ponto nevrálgico foi atingido na sessão anterior. É uma pena quando o paciente foge da psicoterapia neste momento, pois é justamente esse tipo de movimento que acaba enriquecendo o processo terapêutico.
Já tive situações de pacientes que me ligam uns dias antes da sessão para desmarcar, dizem que vão viajar e que me ligarão assim que possível para remarcar. Quanto a isso, não temos muito o que fazer. Quando a pessoa sente-se segura de voltar e é sincera, o processo se reinicia com força total e com a integração de diversos conteúdos. Isso é bastante comum de acontecer. Há um tempo, ao retornar de uma “alta temporária”, uma paciente foi sincera o bastante e colocou que eu havia a magoado muito na sessão anterior ao dizer determinada frase sobre os fracassos em sua carreira. Trabalhamos bastante em cima disso, pois era um “foco irritativo” dela, algo central de sua história. Esse é mais um exemplo em que a mentira foi positiva. Mentiu dizendo que iria viajar por 15 dias, acabou “se dando alta” e voltou 4 meses depois disposta a elucidar o que ficou obscurecido
Em cima de mentir para o psicólogo, há ainda muita fantasia embutida. Como se nós, de alguma maneira, fossemos reprovar atitudes e pensamentos de nossos pacientes. Muito pelo contrário! Costumo sempre dizer: “- Você pode ficar tranquilo em me contar suas coisas, já ouvi de tudo! Não estou aqui para te julgar e sim para te ajudar a pensar e refletir sobre sua vida. Se existe um lugar certo para você se abrir e desabafar, é aqui, sentado em minha frente.”
Tenham uma ótima semana!!
Leonardo Fd Araujo
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Relacionamento, ciúme e o Facebook – Coluna do Leitor

Para inaugurar a Coluna do Leitor, vou trazer hoje a participação do R., um rapaz de 25 anos que tem uma questão sobre relacionamento amoroso, ciúme e o Facebook: 
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Olá Leonardo,

Tenho 25 anos, sou universitário, namoro há 1 ano e meio e minha namorada é muito ciumenta. Mesmo ela sabendo que sou um cara de respeito e que não fico de olho na mulherada, ela está muito grudada em mim. Esse grude está começando a me sufocar. Onde está mais complicado é com a internet e o celular. Ela fica querendo saber cada passo que dou no Facebook ou cada mensagem que recebo de qualquer pessoa que seja pelo celular. Gostaria que você falasse um pouco sobre esse tipo de ciúme!

Obrigado,
R. 
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Prezado leitor R.,

Um dos temas mais recorrentes no meu consultório estão relacionados a “posse” do outro. Percebo que conviver com as diferenças é o sentido mais puro de liberdade. Deixar que o outro seja livre para ser o que realmente é. Mas, o que vejo na grande maioria dos casos, são pessoas tentando fazer com que o outro se encaixe em um ideal de parceiro que é impossível. É preciso ainda “separar os corpos”!! 
Em um relacionamento há duas pessoas com características diferentes (ideias, personalidade, caráter, círculo social, emprego) e nunca haverá como acontecer uma FUSÃO entre essas duas pessoas. Quem nunca viu casal usando Facebook junto, por exemplo? É uma tentativa primária de fundir duas pessoas. Mais cedo ou mais tarde isso vai cobrar um preço, pois a liberdade e a individualidade podem e devem ser respeitadas para que o casal seja feliz.

 

Quer a sua dúvida comentada aqui na Coluna do Leitor? 
Escreva para mim!! atendimento@psicologoemcuritiba.com.br ! 
Leonardo Fd Araujo
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10 dicas de como lidar com a raiva

  • Artigo publicado em: 2 setembro, 2013
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A raiva faz parte do nosso dia a dia. Ela é útil em alguns momentos e uma verdadeira catástrofe em outros. Para aprender a lidar melhor com esse sentimento tão invasivo, preparei algumas dicas para vocês! Espero que gostem!



Repense como você lida com a frustração

– Essa é uma característica de personalidade moldada desde a infância. A maneira pela qual lidamos com a frustração tem uma íntima ligação com a raiva. Se tivermos uma frustração muito tênue, rasa, a chance de lidarmos negativamente com as situações é muito maior. A fila do banco não está andando como eu gostaria, o carro da frente não dá passagem. Repense, vale a pena se mobilizar tanto assim e encarar o mundo com raiva? É bacana também conversar com alguém de confiança sobre isso.

Respire de verdade!

– A respiração é um dos mais fascinantes mecanismos da natureza. Através dela a vida se cria e restaura. O detalhe é que em boa parte do tempo temos uma respiração superficial e utilizando apenas a caixa torácica. Tire alguns instantes durante o dia para respirar de verdade! Inspire profundamente, neste momento é preciso que o abdômen se distenda. Em seguida expire vagarosamente e contraindo o abdômen. Faça isso ao menos 10 vezes, sem pressa. Não leva mais do que alguns instantes e os benefícios são percebidos logo em seguida. Lembre-se, o ar entra e a barriga “sobe”, o ar sai e a barriga “abaixa”.

Meditação e Relaxamento

– Ao contrário do que se imagina, meditar e relaxar não são atividades passivas. Demandam um grande autocontrole e a manutenção da atenção e do foco. Ao trabalhar esses aspectos, o indivíduo passa a se conhecer melhor e de quebra passa a encarar o seu cotidiano de maneira mais serena e tranquila. Diversas pesquisas demonstram os benefícios da meditação para o controle da raiva e para inclusive o tratamento da dor crônica.

Faça algo de forma diferente

– Volta e meia somos surpreendidos por momentos de instabilidade. Você já parou para pensar na maneira pela qual você reage a esses acontecimentos? Se você age sempre da mesma forma e algo dá errado, pode ser uma boa repensar a sua atitude. Temos uma tendência de fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes. É uma equação que nunca fecha. Portanto, faça diferente!

Tenha momentos de qualidade em família

– O final de semana foi feito para descansar e relaxar. Poder vivenciar momentos de qualidade com a família e os amigos é uma ótima pedida. Pergunte-se: qual foi a última vez que você realmente se divertiu? Se a resposta demorar a aparecer, é sinal de que está precisando relaxar. A vida não é só feita de momentos tensos e complicados. Aquele acontecimento especial ou mesmo engraçado do final de semana pode ser um bom antídoto para lidar com a raiva.

Pare e conte até 10

– Essa dica é bastante conhecida e pode funcionar muito bem. Provavelmente a sua origem seja uma famosa citação do norte-americano Thomas Jefferson: “Quando nervoso, conte até dez antes de falar, se estiver muito nervoso, conte até cem.”. A explicação é simples, ao contar até 10 ou 100 você está desmobilizando a sua mente e corpo, dirigindo o seu foco para outra atividade, no caso a contagem. Usar em conjunto com dica da respiração é uma boa pedida!

Escute mais, fale menos

– As palavras tem muita força. Dependendo do seu estado emocional atual, nem sempre será interessante despejar muita informação no outro. Portanto, respire e pense antes de falar. Lembre-se, se as suas palavras fluírem como flores, a chance de recebê-las de volta será grande. Caso fluam como flechas, dificilmente receberá flores como resposta. Costumo brincar dizendo que a natureza é sábia, nos deu dois ouvidos e só uma boca, deve haver alguma razão!

Procure não tomar decisões cruciais quando está com raiva

– Você está explodindo de raiva, quer mandar o chefe para aquele lugar e pedir demissão? Pare, repense, analise a situação. Nem sempre é interessante tomar decisões nestes momentos. Nada como uma boa noite de sono para recarregar as energias e começar um novo dia. Quem sabe amanhã você não tenha mudado de ideia? Caso contrário, pode ser tarde demais.

Culpe menos e perdoe mais

– Nem sempre responder a uma suposta provocação é a melhor saída. Passamos muito tempo culpando os outros pelas coisas e nos esquecemos de que estamos “todos no mesmo barco”. Tomou uma fechada no trânsito e o impulso de xingar ou mesmo de responder a agressão é grande? Já pensou em deixar para lá? Você não será melhor do que o outro porque grita mais alto ou porque fala o palavrão mais sujo, deixar a outra pessoa seguir o seu caminho pode ser uma boa saída.

Pratique uma atividade física

– Mesmo que você não tenha tanto tempo ou mesmo vontade de fazer algo mais elaborado, opte por caminhadas leves. A atividade física promove a liberação de hormônios prazer, como a endorfina. Atualmente é recomendado ao menos 20 minutos de caminhada todos os dias. É um ciclo virtuoso, a atividade nos faz sentir melhor, com isso o nosso sono tende a ser também melhor. Uma pessoa que dorme bem fica muito mais centrada e relaxada no dia seguinte. Toda e qualquer atividade física é válida, desde que seja respeitado o seu limite físico.

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